data-filename="retriever" style="width: 100%;">No dia 26 de julho comemoramos o Dia dos Avós. A data foi inspirada nos santos Joaquim e Ana, pais da virgem Maria e avós de Jesus. Estes santos eram lembrados em dias diferentes, mas, em 1913, a igreja os colocou juntos.
Esse casal abençoado ajudou na história da salvação ao ser escolhido por Deus para gerar a criança que revolucionou a história.
Joaquim e Ana só são conhecidos pela literatura do tempo dos primeiros cristãos. Não são citados na Bíblia. Nessa tradição, há belas passagens sobre a família de Maria. Estes escritos são tão importantes que foram traduzidos para o armênio, copta, siríaco, etíope, latim, espanhol, português, e tantas outras línguas fazendo sucesso até hoje.
Essa tradição dos primeiros cristãos foi guardada na memória popular. Muitos avós ouviram de seus antepassados, lindas histórias sobre a família de Maria. Hoje, elas são recontadas aos netos.
Contar história, particularmente sobre família, é um dos encargos dos avós, já que eles acompanharam a vida dos pais dos netos desde pequenos, conhecem suas travessuras e pelo que passaram para chegar onde estão e serem como são.
O papel dos avós, por muito tempo, foi tido como coisa de velho. Hoje, é de todas as idades, pois temos avós com 30 anos, 40, 50, 60 e por aí vai.
Mesmo assim, a relação avoenga vem se modificando, mas continua fundamental para a formação integral do neto, por vezes, dificultada pelas diferenças sócio-econômico-culturais, por rusgas familiares, trabalho dos pais, controle da natalidade, mobilidade social, e pelo distanciamento que o momento requer, impondo, por vezes, o eclipse dos avós.
A rápida e radical mudança social faz o avô hodierno se deparar com o neto criado e influenciado pela televisão, computador, celular e outros instrumentos que não lhes permite compreender nem a utilidade, nem a função, levando o neto a ter uma visão de vida, de bem e mal, diferente da sua.
Para viabilizar a relação avô-neto nesse tempo de profunda mudança, vão três dicas: promover a cultura da vida e do respeito, onde o binômio custo-benefício que gera o ter e o fazer dê lugar ao ser e ao dar, que é a fonte de onde jorra a felicidade. Segunda: oferecer atualização aos avós, que têm direito e dever de cultivar-se como sujeitos criativos, ativos, com interesses, competências e motivações. Terceira: favorecer o contato avoengo, pois estudos mostram que é preciso de pelo menos três gerações para educar uma criança e que a nenhuma delas, na medida do possível, deve se negar esta oportunidade.
A escola, a igreja e demais instituições sociais podem resgatar a figura dos avós e o valor dos velhos, promovendo ações, onde a cultura da vida, do respeito e amor se evidenciem, superando a do prazer individual. Caro leitor: como foi seu mundo vivido com os avós? E como tem sido a sua história com os netos?